Qual o futuro dos drones e dos carros elétricos?

A eletricidade se torna cada dia mais importante em nossas vidas. Ela é presente na grande maioria dos cômodos de nossas casas, no nosso trabalho e nos produtos que compramos. Vêm crescendo também a pressão por fontes de energia que sejam menos poluentes e que façam a vida na terra ser mais longa. Com essas pressões (tanto governamentais, quanto por parte da sociedade), tem crescido muito a mudança nos meios de transporte, com carros elétricos e híbridos, além de drones.

De acordo com o parlamento Europeu, os transportes representam cerca de 30% de todas as emissões de dióxido de carbono e, dele, 72% vêm do modal rodoviário. Do total de emissões do modal rodoviário, 60% é de carros. Isso nos faz entender o porquê tanta preocupação com esse tema e o porquê empresas como a Tesla têm crescido em ritmo muito alto. Sendo responsáveis por cerca 42% das emissões de carbono dos transportes, os carros podem ser considerados como grandes “vilões” no aquecimento global.

Visto que a tendência da população e dos governos é procurar por alternativas mais sustentáveis, o consumo de eletricidade para transporte tende e aumentar muito (junto com o aumento do investimento em fontes de energia renovável, como mostramos em “A importância da energia e um olhar para o futuro”). De acordo com a Bloomberg, em 2015, 450.000 veículos elétricos foram vendidos, já em 2019, esse número saltou para 2,1 milhão de veículos. Essas vendas serão equivalentes a 10% das vendas em 2025, e, em 2040, 58% das vendas.

Os países desenvolvidos e a China se destacam nessa mudança. Países emergentes com regulamentações mais flexíveis reduzem essas médias, já que ainda não estão atualizando suas frotas. Já China e Europa, representarão 72% das vendas de carros elétricos no futuro, sendo os guiadores nessa mudança.

A Bloomberg estima que, em 2040, 31% da frota de carros domésticos mundial será elétrica, sendo que, Europa e China estarão acima, inclusive, dos EUA na quantidade de carros. A demanda de petróleo deslocada por veículos elétricos em 2040 será de 17,6 milhões de barris por dia.

Outro ponto importante, e que muitas vezes é visto com muita euforia são as entregas com drones. Eles são capazes, normalmente, de fazer as entregas da última milha. O que devemos nos perguntar, nesse caso é: será que os drones realmente trazem economia (tanto em dinheiro, quanto em energia)? Uma entrega normal, com caminhão, pode fazer cerca de 120 paradas em apenas um dia, enquanto um drone precisa fazer uma parada e voltar a sua base, para recarregar e pegar novas entregas. Parece bem improdutivo, não é mesmo? Entregas valiosas, que precisam de maior velocidade e cuidado, como órgãos e sangue, ou até mesmo joias, parecem fazer mais sentido para esse tipo de entregas (ou até entregas super rápidas), mas não todas as entregas e, é nesse ponto, que os carros elétricos entram em cena, fazendo uma grande quantidade de entregas em um dia e evitando o desperdício (como comentamos, sobre a metodologia Lean, no artigo: “Fluxo de valor na saúde”).

Portanto, parece que, mesmo demorando algum tempo, os carros elétricos (e as fontes de energia renováveis) “dominarão” o mundo. Os ganhos em redução da emissão de poluentes fazem com que o alto investimento no começo seja depois, bem visto pela sociedade e garantindo o futuro das próximas gerações. Além disso, no meio de toda essa mudança nos meios de transporte, os drones, mesmo tendo bastante força no mercado, parecem ser uma alternativa mais premium do que as entregas feitas por carros elétricos (e até autônomos).



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