A revolução que a tecnologia vem trazendo para área médica, damos o nome de Saúde 4.0, são as inovações tecnológicas e investimentos realizados, que mudam a forma de tratamento, gestão interna e automaticamente, facilitam a realização de consultas, por exemplo, de forma remota, podendo acompanhar esse paciente à distância durante o tratamento. Trazendo grandes benefícios sem que esse atendimento perca a eficiência, que é o objetivo principal.
Dentro dessa revolução, podemos encontrar o conceito IoT (internet das coisas), sigla para o termo em inglês “Internet of Things”, que é o conceito de integrar o mundo digital ao real, possibilitando a modernização e otimização de processos. Falando especificamente da área médica, podemos citar alguns exemplos como, marcapassos inteligentes, para monitoramento de pessoas à distância, com possibilidade de intervenção, quando necessário, registros digitais de exames, onde é possível registrar dados e resultados de exames sem que haja a necessidade do uso de papéis, e aplicativos para pessoas com depressão, onde é possível fazer acompanhamentos e conversar com essas pessoas, podendo auxilia-las de qualquer lugar e a qualquer momento, sempre que houver a necessidade..
Sabemos que o mundo tecnológico está em constante transformação e é perceptível que essas mudanças chegaram na área da saúde. Se pararmos para pensar nessa evolução podemos citar nomes que contribuíram com essa evolução, Willem Einthoven, desenvolveu o conceito do eletrocardiograma, Wilhelm Conrad Roentgen, fez a descoberta do raio-x, Sidney George Brown, criou o telescópio eletrônico, Felix Bloch e Edward Purcell, criaram a ressonância magnética, William Henry Oldendorf, criou a tomografia computadorizada, dentre outros grandes nomes que fizeram marcos históricos para a história da medicina.
Até um tempo atrás, quando íamos ao médico para uma consulta ou fazer um exame de rotina, nos deparávamos com salas cheias de pastas (prontuários), pessoas responsáveis por chamar os pacientes para a sala, e quando entravamos o doutor ficava um bom tempo lendo os papéis para poder nos atender, todo este processo desperdiçava muito tempo.
Hoje podemos dizer que muita coisa mudou, quando chegamos na consulta, nos deparamos com um totem, onde retiramos uma senha e aguardamos ser chamados por um painel eletrônico, nossos dados estão todos registrados em um banco de dados, que é acessado através de um sistema e ao entrar na sala médica, o doutor já terá acesso ao histórico do paciente, onde provavelmente, ele já tenha feito uma breve leitura, adiantando parte do atendimento. Está prática reduz consideravelmente o tempo de atendimento. Otimiza a agenda do doutor e do paciente.
Outro recurso para a otimização de tempo é a Telemedicina, que é o atendimento médico remoto, o qual utiliza as tecnologias atualmente disponíveis como: a vídeo conferência, os computadores, smartphones, smartwatch e afins. Com a evolução dos meios de comunicação, é natural que o contato entre o médico e o paciente também possa ser feito a distância, porém não substitui uma consulta presencial. Sendo esta pratica, mais uma forma de apoio e atendimento médico perfeitamente plausível.
Não podemos deixar de mencionar que com a utilização desses recursos tecnológicos, é gerado um grande volume de informações, que chamamos de dados, onde são analisados e comparados uns com os outros para identificar diferenças e correlações entre eles, gerando a possibilidade de prever o que pode acontecer com pessoas em tratamentos de doenças comuns que possuem os mesmos sintomas, além da redução de custos com pesquisas. Esse conceito chamamos de Big Data.
Outro exemplo de recurso tecnológico é o Watson, da IBM. Um supercomputador com habilidade cognitiva que pode ser um parceiro ideal para medicina. Sendo ele capaz de escanear livros de exames para aprender os princípios básicos de diagnósticos e analisar os confusos dados em data centers de saúde. O Watson pode analisar o histórico dos pacientes e sinalizar dados importantes para os médicos, além de poder sintetizar e organizar os dados, dando aos médicos um resumo do histórico do paciente. Em teoria, isso pode ajudá-los a tratar mais pacientes, de maneira mais eficaz.
Estamos acompanhando de perto as melhorias que a tecnologia tem trazido não só para a área médica, mas também para outras áreas relacionadas ao nosso cotidiano, muita coisa ainda vai mudar, pode ser que daqui 5, 10 ou 20 anos, com maior utilização do Big Data, como exemplo o Watson, a telemedicina e IoT, tudo o que estamos vivendo hoje se tornará ultrapassado, e a geração que está por vir terá melhores recursos para avançar nas pesquisas e contribuir de forma significativa para a evolução tecnológica da medicina, ajudando a melhorar a saúde do ser humano, contribuindo também para sua longevidade e otimização do tempo.